Thursday, January 29, 2009

"Quando se faz amor assim, de paixão total, fica-se longe das palavras.

O encantamento é uma casa que tem o silêncio por tecto"

Na caixa de mensagens do meu celular.

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Voltei lá. Tantas lembranças. Aquele palco, as cadeiras, as rotundas, a escada. O mesmo cheiro. Lembrei do primeiro dia que pisei lá. Inocente, não imaginava toda a transformação que se daria na minha vida - a gente nunca imagina.
Era minha casa, tão confortável. Donos daquele espaço, a gente pulava, gritava, caía, corria. Descalços. O pé saía sujo. Às vezes com farpas.
E foi um dos melhores momentos da minha vida.

Curioso como também voltei ao outro. Com menos intimidade, mas com carinho. Engraçado. A memória é levada e faz parecer que se passaram apenas alguns dias, quando na verdade há uma distância de anos.

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Tempo. O tempo tem sido um debate recorrente dentro de mim.
Porque depois de algumas porradas eu aprendi a respeitar o tempo. Mas, quem determina qual é o tempo? Não há regra. Somos nós. O tempo é nosso. Se eu me sinto preparada e disposta a fazer as coisas, o tempo é esse. Se ainda não me sinto pronta, ainda é cedo. Devemos respeitar nosso tempo sempre. Mas só podemos saber se é tempo ou não fazendo, arriscando, vivendo.

Thursday, January 22, 2009

Separações

Chico. Num cd esquecido no carro.




“Pelo amor de Deus, não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem? Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém abandonado, pelo amor de Deus.”

“A gente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu?”

“Será que é cenário a casa da atriz? Se ela mora num arranha-céu e se as paredes são feitas de giz e se ela chora num quarto de hotel e se eu pudesse entrar na sua vida?
Sim, me leva para sempre, Beatriz. Me ensina a não andar com os pés no chão.
Para sempre é sempre por um triz.”

“Será que é divina a vida da atriz? Se ela um dia despencar do céu e se os pagantes exigirem bis? E se um arcanjo passar o chapéu e se eu pudesse entrar na sua vida?”

“E você era a princesa que eu fiz coroar e era tão linda de se admirar que andava nua pelo meu país”

“Vêm, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo. No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido.”

“A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia”

“Se nós nas travessuras das noites eternas já confundimos tanto as nossas pernas, diz com que pernas eu devo seguir?
Se entornaste a nossa sorte pelo chão, se na bagunça do teu coração meu sangue errou de veia e se perdeu?
Como, se na desordem do armário embutido meu paletó enlaça o teu vestido e o meu sapato inda pisa no teu?”

“Agora já passa da hora, ta lindo lá fora. Larga a minha mão, solta as unhas do meu coração que ele está apressado e desanda a bater desvairado quando entra o verão”

“Eu bato o portão sem fazer alarde, eu levo a carteira de identidade, uma saideira, muita saudade e a leve impressão de que já vou tarde”

“Vai ser engraçado se tens um novo amor”


Ok, confesso, acrescentei as duas últimas.


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Realmente, esse negócio de relacionamento é difícil. Mais complicado ainda quando se é atriz. A gente pensa as nossas relações e as dos personagens... ai, ai...

Tuesday, January 13, 2009

"... com a lucidez perversa da nostalgia."

- Gabriel Garcia Márquez



"Este relato é antes de tudo uma história de alma e de carne. Um amor que diz seu nome, muitas vezes cruamente, que não é tolhido por moral alguma, fora a do coração. Por meio dessas linhas em que se misturam esperma e oração, tentei derrubar as paredes que hoje separam o celeste do terreno, o corpo da alma, o místico do erótico.

Só a literatura possui uma eficácia de 'arma fatal'. Então a utilizei. Livre, crua e jubilatória. Com a ambição de devolver às mulheres do meu sangue uma fala confiscada por seus pais, irmãos e esposos. Em homenagem à antiga civilização dos árabes, onde o desejo era declinado até na arquitetura, onde o amor era livre do pecado, onde gozar e fazer gozar eram um dever do crente.

Ergo essas palavras, como se ergue um brinde, à saúde das mulheres árabes, para quem retomar a fala confiscada sobre o corpo é em parte curar seus homens"


- Nedjma





"Amar é ... ferver de emoção"

- No dia 15/01 da minha agenda.



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Ontem lembrei do som da corrente da bicicleta. Quando minha amiga me levava. Eu morria de medo. Era tão emocionante. Ela, de short de laycra, me levava pelo condomínio, rindo do meu medo infantil. Eu me agarrando no ferro e aproveitando o vento.

Hoje lembrei do som da água calma da piscina. Sempre me encantou. Quando bate na borda ou no corpo. Lembrei de como eu gostava. E nadei.

Amanhã vou lembrar dos tempos de escola. Quando o normal era acordar 6h da manhã, para sair correndo às 6h40min. Humpf!

Monday, January 5, 2009

"Música é vida interior; e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão"

Artur da Távola.


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- Ano Novo de tolerância e do limite da tolerância.

Bom começo. E boa continuação.

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"I was prey in your bed and devoured completely"

"Put your hands on my waistline , want your skin up against mine"

Num cd esquecido. Bem lembrado.



Amêndoa.




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Post de citações.

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Novas regras ortográficas. "Ideia" não tem mais acento. Nem "feiura" e "voo" "Coautor" escreve junto, assim como "autoescola". E o trema foi abolido.

Estranho.