Friday, May 30, 2008

"Coisas que a gente se esquece de dizer"

" Frases que o vento vem às vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cançam de voar"

Amo Lô Borges.


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Há poucas coisas melhores do que uma sexta-feira à tarde nublada e chuvosa em casa.
Nostalgia.

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Realmente, a trilha de Amelie Poulin é do caralho.

Saturday, May 24, 2008

"A wave hello

A wave goodbye"

Estranha essa chamada vida. Eis que, surgido de pó celestial, aparece um cavaleiro andante. Trazendo não um furacão ou tornado, mas uma brisa de primavera. Simples, coerente. E oportuno, eu diria. Em alguns dias você muda. Você que estava desacreditada nas estações do ano, porque achava que só existia o inverno. No máximo um outono para amenizar. Um momento peculiar. Você aproveita a brisa e o cavaleiro. Dança, canta, gargalha, dá uns pulinhos. Sem estardalhaço.
E com a mesma velocidade que veio, ele se vai. Para o pó celestial, aparentemente.
Ele não era perfeito. A brisa não era a melhor de todas. Era apenas boa. Muito boa. Então você sorri e segue pra vida. Amanhã, metade das pessoas nem vai saber que passou um cavaleiro e uma brisa. Você é a mesma. Um pouco modificada. Quem sabe?! A brisa foi, mas ficam as flores, os perfumes, os passarinhos cantando, o sol sereno no rosto. E você se pega às 8h30min, virada de uma noite não dormida. Sem sono. Tentando fazer algum sentido.
Nada de especial. E tudo de especial.


Quem que decide esses encontros?!?! O que isso tudo quer dizer? Qual a moral? O que foi isso?


Vai entender essas coisas da vida...

Sunday, May 18, 2008

"Quero que tudo saia como o som de Tim Maia

Sem grilos de mim, sem desespero, sem tédio, sem fim"


Porque uma noite que toca essa música será no mínimo muito boa.


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Não, não é saudade. Saudade acompanha uma certa nostalgia,
uma vontade de voltar e reviver aquilo tudo de novo.
Não é o caso.
O certo seria carinho. Uma lembrança eternamente carinhosa.
Mas que ficou lá atrás.
A gente pode nunca mais se ver ou se falar. Não faz tanta
diferença. Sempre vou lembrar
de você com um sorriso. Seu lugar já está garantido comigo.
Por isso não é saudade. Saudade trás necessidade de rever,
reviver.
Pensando por esse lado, a saudade é no presente.
Não sinto tantas saudades. Sinto muitas. Mas nem tanto.


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"Tudo errado, mas tudo bem.
Tudo quase sempre como eu sempre quis."

"Eu tô pedindo a tua mão e um pouquinho do braço.
Migalhas dormidas do teu pão.
Raspas e restos me interessam.
Pequenas poções de ilusão.
Mentiras sinceras me interessam"

"A vida não é filme, você não entendeu. Ninguém foi ao
seu quarto quando escureceu."

Ando musical.

Me irrito quando as pessoas falam das "músicas do
passado". Porque elas eram melhores. Como tudo do
passado, né?!
Pois as músicas estão aí para serem consumidas sempre.
Não pertecem a uma época, a um momento. Elas foram
feitas justamente para isso. Para serem livres e
eternas. Passeando tranquilas para as pessoas pegarem
quando convém.
Ainda mais hoje que você guarda a música. Olha que
genial. Você quarda a música para ouvir quando quiser.
Em qualquer época.
Músicas do passado... humpf.

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A questão é a importância que você dá para as coisas.
Esse é o segredo.
As coisas estão aí, acontecendo. Às vezes depende de
você. Às vezes não.
Mas o quanto aquilo importa para você, o tamanho que
tem, o espaço que vai ocupar,
o tempo que vai gastar, a fatia da preocupação...
aí é muito com você sim.
E isso faz toda a diferença. Muda tudo.


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Não vou te levar para minha casa. Porque é minha,
eu estou toda lá.
Não inteira, mas toda.
Meus sonhos, minhas lembranças, minhas ambições,
meu suor, meu cansaço, meus sorrisos,
minhas neuroses, meus medos, minhas paixões. Tá tudo lá.
E eu não sei nada de você. Não posso me abrir dessa forma.
Porque não seria minha amiga.
Depois de algumas lombadas, freadas bruscas,
arranhões, batidas e capotagens, eu tinha que
ter aprendido alguma coisa, né!?


Thursday, May 8, 2008

Ah, se papai me pega agora de anágua e de combinação

Será que ele me leva embora?
Ou não?

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Eu lembro da primeira vez que vi o sol nascer. Estava na casa de uma amiga. Estávamos na varanda conversando alto, todos os vizinhos ouvindo nossos sonhos bobos de 13 anos. Dois prédios eram a paisagem. Eles dividiam o céu em três. De repente um lado foi ficando azul claro, o meio ficou rosa e o outro azul escuro. Fiquei emocionada e achei tudo incrível. Eram três céus no mesmo campo de visão. Quase uma pintura renascentista.

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Eu quero ser linda. Quero me amar. Quero andar na rua e me sentir satisfeita, poderosa, a dona de mim. Quero ter certeza. A satisfação da conquista suada. Quero dançar de calcinha no quarto, sozinha. E me sentir bem. E me bastar.
Se é que isso existe.
Mas existe sim. Não sou maluca, já estive lá. Me perdi em algum momento e não consigo voltar. Droga de passarinhos que comeram o pão que eu joguei. Tá tão difícil de enxergar... Não sei nem por onde começo. Cada hora acho uma coisa, penso numa solução, tenho um pressentimento.

Nem sei mais.


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Que dilema.
Se eu pensar, piora. Finjo que não penso, só para melhorar, mas isso é pensar, então fica estagnado. Chuto o balde, o que também piora. Esqueço por um tempo só que sempre volta.
Preciso de uma luz... Nem que seja de lanterna.


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É sempre isso. Sempre de noite. Aí eu acordo e está tudo bem.


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Eis que 5 min depois de escrever o post, eu recebo uma mensagem linda. E tudo faz sentido mais uma vez. Porque a gente se perde e se acha de novo. Impressionante!!!
Sabe quando a resposta tá o tempo todo do seu lado, você até vê, mas não conecta?
Eu já sabia. Só não sabia disso.

Sunday, May 4, 2008

Boa noite, gente

Sabe os planos finais dos filmes, quando toda a peripécia já aconteceu e mostram panorâmicas do lugar já de volta à normalidade, como era antes, mas sempre com alguma coisa diferente? Os espaços vazios e as marcas do que aconteceu, misturados com a calmaria do final de um ciclo? Uma espiral, porque é sempre pra cima.
É exatamente assim que me sinto. E de repente sozinha em casa, percebo a importância que tudo teve pra mim. E vem a velha alegria que bate no peito e enche o coração de ar e a gente fica mais leve.
Se tivesse uma trilha sonora? Talvez fosse um axé, um pagode, Ace of Base ou Alexia. Na hora era "Stevie Wonder - I Believe", da trilha de "Alta Fidelidade".

E eu nem me sinto cansada. Ao contrário, me sinto cheia de energia e satisfação. Sensação de missão cumprida.

E o que seria da minha vida sem o cinema? E mais, sem as pessoas de cinema? Porque isso não é normal. Essas pessoas não são normais, todos terem se encontrado numa turma não é normal, a afinidade não é normal, o carinho não é normal, o companheirismo não é normal.

Aí você entende e as coisas fazem todo sentido.

Vida é uma coisa realmente interessante.




Ok, eu ainda tenho uma casa pra arrumar, louça pra lavar e muita dor nas costas.