Ê! Ê! Ele não é de nada Oiá! Essa cara amarrada é só um jeito de viver na pior

Sim, clichê. E sim verdade.
Quanto mais eu entro em mim, mas consigo enxergar as pessoas. Não as pessoas que eu acho que são, mas as pessoas que se mostram de fato pra mim. Consigo sair de mim e olhar pro outro.
Porque agora eu me entendo, entendo o humano, entendo o outro. Nessa ordem.

Tudo agora é consciente. Antes eu tinha opiniões fortes baseadas em nada. Eu nem parava pra pensar se eu realmente achava aquilo. Agora minhas opiniões são mais tranquilas, menos agressivas ou imutáveis. E baseadas no que acontece fora de mim, no que eu percebo disso. Não no que eu projeto sobre isso.

Agora eu sei o que eu quero, o que gosto, o que sinto. Sei que isso tudo muda. Sei que muita coisa eu não sei.
Eu observo. Espero, tenho paciência. Tenho "a calma e a paz que eu mereço".

E meu passado não cabe mais em mim. Certos comportamentos, atitudes e pessoas não cabem mais em mim. Incrível não me reconhecer. Parece que eu acordei agora. Antes era só um sonho. Eu acompanhava a vida de uma menina. Agora acordei e vou viver a minha vida. E isso é muito feliz. Estou feliz como há muito não ficava. E graças única e exclusivamente a mim. Ajudada pelos outros, claro, sempre. Mas porque EU me satisfiz. Delícia, não!?

Tudo faz mais sentido.


Claro que também continuo a mesma. Gosto de pipoca, feijão com pimentão amarelo, sol, cheiro de terra molhada, dormir. Amo meus amigos, minha família, minha vida. Tenho os mesmos sonhos. Só é um novo olhar sobre isso. Coloco as coisas nos seus devidos lugares.

A diferença maior é em mim. Pros outros pouco vai mudar. Só vão conhecer uma Ana mais Ana. Não aquela "mais Ana" forçada dos 13 anos.. que queria ser mais isso ou aquilo. Ou a "mais Ana" de um tempo atrás que se deixava ser, mas não se pensava.
Agora é uma Ana que se descobriu. Menos armada. Mais aberta. Que sabe.

Me construo.