Sunday, June 22, 2008

"Por isso não provoque... é cor de rosa-choque"

"Nem sempre tem vento, mas sempre tem jeito pra dar"

"Santa, santa, só a minha mãe - e olha lá
É canja, caja. O resto põe na sopa pra temperar"

"Papai me empresta o carro pra poder tirar um sarro com meu bem"


Festival Rita Lee. Sempre maravilhosa.


.....................................................................................

Como pode? De tarde eu estou à vontade, me sentindo bem comigo mesma. Conversando com pessoas que me deixam à vontade e até me fazem esquecer. Na verdade, fico até sem graça de reclamar de alguma coisa, que naquele momento não faz mais sentido.
Algumas horas depois, num outro ambiente, o cenário muda. Lá estou eu, mais uma vez, me achando o pior dos sers humanos, quase como um monstro do Lago Ness. As pessoas me olham e me julgam. Eu sei. Estou obviamente deslocada. Chego em casa e ataco os docinhos que minha mãe trouxe.
Como pode?

A noite é perversa. Ainda bem que o dia sempre volta e eu lembro nada disso importa. Por coincidência, na tv falam de beleza. E eu escuto a Maitê Prença falar uma imbecilidade. "Eu queria ser 7 centímetros mais alta. Mas não tem jeito, não tem como. Agora, você quer diminuir o quadril? Simples, pára de comer, ora". Desculpa, Maitê, mas você não poderia ser mais escrota. Claro, muito simples pra quem nunca teve problema de peso.
Mas mais uma vez as coisas mudam e entra uma matéria com artistas plásticas. Elas falam de como se transforma um "erro" no seu diferencial, na vida e na arte. Uma tem um problema no cabelo, por isso usa turbantes. Decidiu investir e brinca com os acessorios, está sempre provando coisas novas. A outra sempre foi gordinha, por isso sempre ousa no cabelo, pra mudar o foco de atenção. A terceira tem o nariz grande e os olhos pequenos, então compra óculos estilizados, que tapam o olho e diminuem o nariz.

E por aí vai. Sim, porque devemos explorar o que temos. O sermos do jeito que cabe melhor por dentro. Se você se sente bem de calça apertada e salto alto, ótimo. Se eu me sinto bem de saia larga e chinelo, ótimo.

E que assim seja.


................................................................

Eu não dou minha opinião. Se não me perguntam, eu fico quieta. Talvez eu seja uma péssima amiga. Porque alguém pode estar fazendo "uma burrada", que eu não vou impedir. Quem sou eu pra julgar o quê é uma burrada ou não?! Se a pessoa me perguntar, eu digo. Se não perguntar, eu guardo o que penso pra mim - porque pensar eu penso. É assim que sou. Não me meto. E não gosto que se metam. "Não, eu não quero saber o que você acha, obrigada".
E as pessoas tem entrado muito na vida dos outros. Controlando os mínimos detalhes. O jeito que fala, que anda, que respira. Credo!

Se eu falasse, eu diria "você virou uma pessoa chata". Mas não digo. Porque não cabe a mim.
Esrou aqui se precisar, se quiser colo, conselhos, ajuda, ouvido... mas se não quiser, eu não vou sair dando goela a baixo.

No comments: